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Navios elétricos ganham velocidade

Transtejo celebra contrato com Gondán

 

O Tribunal reconheceu o interesse público da adjudicação de navios elétricos pela Transtejo, levantando o efeito suspensivo da impugnação judicial apresentada pelos Estaleiros Navais de Peniche, em meados do mês de dezembro de 2020.

 

Foi, assim, assinado, no passado dia 29 de janeiro, o contrato de fornecimento dos 10 navios com o estaleiro asturiano Gondán, S.A., decorrente do concurso público internacional lançado em fevereiro de 2020.
A adjudicação decorre de concurso público internacional, o maior até hoje a nível mundial, e tem o valor global de 52.440.000 Euros.

 

O investimento numa frota de navios ambientalmente sustentável, dotada de um sistema de propulsão 100% elétrico, com consumos energéticos inferiores às dos navios atuais e sem emissões de GEE (em 2019, o consumo de gasóleo foi de cerca de 5 milhões 249 mil litros correspondente à emissão de 13 122 toneladas de CO2) vai de encontro à estratégia nacional para a descarbonização.

 

 

Os 10 navios de propulsão elétrica serão especificamente concebidos para as necessidades de operação da Transtejo, ou seja, serão resultado de um projeto de execução específico.

 

Aliás, esta tem sido a regra em todos os navios da TTSL, desde os Cacilheiros construídos por projeto específico para a Transtejo nos anos 70 do século XX, passando pela frota Damen que opera diariamente na ligação fluvial do Barreiro, até aos últimos dois ferrys construídos, também, de acordo com um projeto específico dos Estaleiros da Navalria/ Grupo Martifer, há menos de 10 anos.

 

 

A solução de propulsão 100% elétrica é a tipologia de propulsão internacionalmente mais recomendada para navios com as características dos da frota TTSL, tendo ainda em conta que permite consumos energéticos inferiores às dos navios atuais e sem emissões de GEE (em 2019, o consumo de gasóleo foi de 5 248 741 litros correspondente à emissão de 13 122 toneladas de CO2), contribuindo, de forma efetiva, para a estratégia nacional para a descarbonização.

 

A propulsão dos navios será do tipo “Battery System”, baseado em acumuladores e motores elétricos, com capacidade suficiente de carga para permitir uma operação diária com carregamentos nos terminais.

 

 

Apesar do atraso provocado pela ação judicial, a Transtejo estima receber o navio LEADER até 30 de abril de 2022, três navios até final de 2022, outros quatro navios ao longo de 2023 e os restantes dois navios até ao final do 1.º trimestre de 2024.
O processo foi já remetido para visto do Tribunal de Contas.